quinta-feira, 21 de maio de 2020

AULA 2 - EJA: TODOS OS PERÍODOS - Apatia Urbana


LEIA ATENTAMENTE OS TRÊS TEXTOS ABAIXO PARA RESPONDER AS QUESTÕES.
___________________

Solidão Coletiva – uma crônica sobre o vazio de uma cidade grande

Se pararmos para pensar, a solidão nos persegue. Sempre estamos tão juntos e, ao mesmo tempo, tão sozinhos.

O simples fato de estarmos rodeados por dezenas, centenas ou milhares de pessoas, não nos garante que pertençamos ao grupo.

A cidade é um dos maiores exemplos. Trem, metrô, ônibus em horário de pico. Homens ou mulheres. Jovens ou velhos. Gordos ou magros. Trabalho ou estudo. Cada um do seu jeito, indo cuidar da sua própria vida. Não há conversa ou um sorriso amigável. Rostos sérios e cansados sem ao menos se preocupar em lhe desejar um bom dia. Parece que ninguém está tendo um bom dia.

Na rua, todos têm pressa. Mochila à frente do corpo, senão você é roubado. Olhar no chão para manter o ritmo do passo, ou logo à frente, como quem quer chegar logo sem ser importunado.

Um braço estendido me tira do devaneio. É alguém sentado no chão, com um cobertor fino, pedindo algumas moedas. Como boa integrante de uma multidão fria e apressada, ignoro e continuo meu caminho. Essa é uma visão tão rotineira que se torna banal e, assim como eu, ninguém ali observou aquele cidadão com olhos sinceros. Não me julgue, eu sei que você faz o mesmo. O calor humano não parece suficiente para aquecer corações.

É um mar de gente. Mas não me sinto como mais uma onda, que compõe a beleza do oceano. Sinto-me em um pequeno barco à vela, perdida em alto mar. Parada no meio da multidão, sinto sua tensão constante, como se a qualquer momento fosse chegar um tsunami. Sinto-me naufragando.

Você já pegou a estrada à noite? É ali que percebemos que a cidade nunca dorme por completo. Carros a perder de vista em qualquer horário, com luzes que compõem uma beleza única. Porém, esquecemos que em cada carro não existe somente uma pessoa ou outra, mas sim histórias.

Para onde cada um está indo é um mistério. Neste momento, percebo que, assim como eu enxergava alguns minutos atrás, ninguém ali me vê como ser humano. Veem-me como mais um carro, mais uma máquina que atrapalha o trânsito de um local tão movimentado. Só eu sei meu próprio caminho e para onde vou. Estou sozinha entre centenas de pessoas.

Mesmo assim, muitas dizem preferir a cidade ao campo. Morar no interior não é uma opção para a maior parte das multidões – elas dizem que lá não há nada de interessante acontecendo e o silêncio da natureza as faz sentir muito distantes do mundo.

É engraçado como nós temos medo de afirmar nossa solidão. Em meio à multidão da cidade, queremos nos sentir parte de um todo que, na verdade, não podia estar mais fragmentado.
Preferimos nos sentir sozinhos, todos juntos.

Autora: Beatriz Gimenez



Autor: Will Eisner


1. Apatia é um substantivo feminino referente à condição de quem não se comove, não demonstra sentimentos nem interesses. Urbano é um adjetivo que pode ser definido como citadino; que pertence à cidade; próprio da cidade; que tem aparência de cidade ou a ela se refere: vida urbana. Podemos definir então apatia urbana como a apatia que as pessoas sentem na cidade, a falta de interesse na vida das pessoas à nossa volta, e incapacidade de perceber o outro como um ser humano. Qual dos três textos acima traduz melhor esse tema na sua opinião? Por quê?

2. Você concorda com opiniões da autora do primeiro texto? O que você acha que a fez pensar dessa maneira? 

3. Você já passou por alguma situação similar à do segundo texto, em um ônibus por exemplo? Por que você acha que o homem de bigode não abriu espaço para o rapaz entrar? O que você acha que aconteceu com o rapaz depois de perder o trem?

4. Você já passou por alguma situação similar à do terceiro texto? Qual foi a melhor/pior coisa que você já presenciou de uma janela? Você se envolveu de alguma forma ou apenas assistiu?


5. Você já viu algum outro texto, seja ele na forma de música, filme, teatro ou qualquer outro tipo de arte, que falasse apatia urbana? Qual?
6. Escolha dos textos acima como inspiração e escreva um pequeno texto (um párágrafo está bom, mas se quiser fazer mais, fique à vontade) sobre alguma situação que você já presenciou relacionada à apatia urbana. Não se esqueça de mencionar:
  1. O que aconteceu
  2. Quando aconteceu
  3. Com quem aconteceu 
  4. Como aconteceu
  5. Onde aconteceu
AS RESPOSTAS DEVEM SER COLOCADAS NOS COMENTÁRIOS AQUI ABAIXO DA AULA


FONTE:
https://www.dicio.com.br/simpatia/

EISNER, Will. Nova York - A vida na cidade grande, 440 Páginas, Quadrinhos na Cia; Edição: 1 (21 de maio de 2009)

Aula por Tony Lima


2 comentários:

  1. Andressa Wanderley

    Atividade :

    (1) O texto que traduz melhor a apatia urbana,é o primeiro. Porque retrata o quanto as pessoas são individuais e não dá importância para quem está ao seu redor.

    (2) sim. O que a fez pensar dessa maneira foi o excesso de pessoas com apatia no mundo.

    (3) não. Ele não abriu espaço porquê o lugar estava lotado. Depois que perdeu o trem , ele chegou atrasado no trabalho.

    (4) Não. De uma janela já presenciei um acidente de trânsito. Apenas presenciei.

    (5) Já li um livro . O livro se chama , O PENSAMENTO ATACADO .

    (6) eu estava no centro e chovia bastante, mas o local tinha bastante pessoas. Uma idosa deslizou a sandália no piso e caiu,mas ao meio de tantas pessoas não apareceu ninguém para ajudar.

    ResponderExcluir
  2. Yslaine fidelis
    Atividade:

    Questão 1-Na minha opinião é o primeiro, porque as pessoas não dá importância para as pessoas que está ao redor.

    Questão 2-


    Questão 3- Não, porque ele não abriu espaço por conta que o lugar estava muito lotado, portanto ele perdeu o trem e chegou atrasado no trabalho.

    Questão 4- Não presenciei.

    Questão 5- Não


    Questão 6- Eu fui no shopping com minhas amigas assistir um filme , o chão do cinema estava liso por conta que tinham limpado e o homem da limpeza não tinha colocado a placa para avisar que o chão estava molhado,uma senhora que aparentava ter uns 40 anos escorregou e caiu e ninguém apareceu para ajuda-la e o cara da limpeza ficou falando que a culpa era dela porque ela não prestava atenção quando andava.

    ResponderExcluir